terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Desabrochar


Este desabrochar pela aurora da madrugada
recorda-nos os nossos primórdios ancestrais
do raiar da humanidade
Acordar e ver a bruma matinal
tão raro neste planeta outonal
que se levanta para o seu inverno
crepuscular

Poderemos ver a aurora boreal
no meio das nuvens esbranquiçadas
prenuncio da simbiose profética
dos pergaminhos perdidos na intemporalidade

Poderemos entender o presente que nos invade
se recusarmos saber do passado
se fechamos os olhos ao futuro
e se continuarmos na deriva dos mares

O inverno será rigoroso por estas margens
o vento do levante irrompendo e fustigando
a chuva inundando o lodo terreno
o gelo congelando os velhos paradigmas

Seres estão desabrochando
se erguendo entre as colunas fumegantes
da próxima primavera dimensional

Eu estarei no meio deles
e tu comigo, se assim quiseres, tambem
abre o teu peito a energia fulminante
deixa-te levar pelo sol radiante

Acredita na integridade que ai vem
acredita na verdade da interioridade
acredita que é possivel ouvir o canto da ave
o sussurar da brisa
a equidade do Todo